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domingo, 23 de outubro de 2011

INÍCIO

'via Blog this'



“Jamais a mãe conseguirá saber
Do filho seu o que vai ser:
Se será desprezado
Ou se de todos estimado...
Jamais a mãe conseguirá saber...”
(Letra de uma canção do orfeão infantil
Onde eu participei até a 4ª série do Ensino
Fundamental no Colégio Campos Salles
São Paulo/SP)

Esta letra tem um conteúdo tão profundo e singelo
Que eu jamais nestas décadas todas que se passaram
Consegui esquecer o quanto é real, verdadeiro e atemporal.
Pois, na infância era sempre mais nítido em minha mente
Que era uma referência a Jesus Cristo e sua mãe.
Porém, dia após dia e sempre mais eu fui percebendo
Por experiência própria e observando o sofrimento
De abandono, descaso e desprezo
Que em algum momento da vida seja lá o magnata ou o
Mendigo, a criatura mais seleta e admirada, independente
De qualquer fator físico, cultural, geográfico...
Cada pessoa neste planeta em que vivemos tem passado
O seu momento ou fase de infortúnio
Para contrastar com os júbilos e bênçãos que experimentamos.
Uma canção que docemente a Cantora Gal Costa interpreta, diz:
“Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...”
E relembrando a própria saga de minha família
Venho constatando em mim mesma e em meus sentimentos
O quanto não estou “brisando” ou “viajando na maionese”:
Acusam-me de ser ridícula, neurótica, demente, à toa
De não fazer coisas financeiramente enriquecedoras...
Mas, Graças ao Meu Bom Deus de Amor
Sei muito bem o que Ele que é o meu Criador
Espera de mim e deseja que eu faça e como devo eu investir meu tempo
Saúde e energias!
E outro fato interessantíssimo é a rotulação de doente mental
A mim atribuída de forma pejorativa, quando não rendo o que gostariam
E que seria conveniente que eu
(viva, morta, seja lá em que estado e de que jeito fosse...)  
Apresentasse lucros, títulos, canudos e demais triunfos
Mundanos para satisfazer o ego de pessoas tão próximas e tão distantes
Ao mesmo tempo de minha realidade íntima, pessoal e que nem, ao menos
Importam-se em saber ou tem algum ou qualquer mínimo interesse em minha
Felicidade e, o que é ainda mais lamentável:
Não buscam seus próprios anseios a realizar sem os louvores populares e/ou
Da fofa e glamorosa mídia e ditadura hierárquica satânica
Servindo ferozmente a toda ordem de  sutil massacre 
atingindo a quem atingir, não se importando com o que acontece 
ou possa vir a acontecer:
Tudo o que faz se diz ou ouve, responde que já se fez sempre melhor
E sendo sempre mais espertinha e astuta, pois outras pessoas
São apenas fantoches!
“Já foi, é passado” e avança tripudiando cinicamente
Em sua cruzada e jornada de lamuria, orgulho tenaz
Soberba de loba em pele de ovelhinha redimida
Justificada por sua enfadonha ladainha de que é sempre a
Que tem que ser indenizada!
                            
                                          (...)


Meu tio Jofre, não!






Ela é quem estava à frente de seu tempo
No início do século passado, com uma inteligência incomum
Inadmissível para uma criança ou adolescente negro
Numa cidade branca/ japonesa no interior do estado de São Paulo?
Não era esta cristão fofa e solícita, não!
Ela nasceu na cidade de São Paulo, décadas depois quando meu tio
Jofre já era penalizado duramente por ter que ser
Aquilo o que ele não era nunca foi e que exigiam por bem ou por mal
Que ele se violentasse interiormente, subestimando o dom de inteligência
Que o Criador lhe deu e era exigido dele que ele agisse e
Se juntasse ao doce rebanho de negros bonzinhos e negras boazinhas
Convenientes a toda demanda branca para igreja, serviços, etc, etc...


A mente, o coração e a alma dele eram por demais avançados
Para se engajarem em tanta meleca medíocre
Que agora podemos ver e constatar na queda deste império de trevas
Religiosas, vãs para o espírito humano que depende do verdadeiro
Espírito Santo do Deus Eterno que permite a todos e a todas nós
Este aprendizado dentro e fora de nós mesmos!


Aqui,  apenas um início onde consegui destrinchar um fio da meada
Para mim mesma.
Afinal, opinião e sentimento são compartilhados, partilhados ou não:
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3 comentários:

  1. Muito Obrigada pelo apoio, Kesia, meu Anjo!
    Você me emociona por seu ombro amigo e por ser exatamente como você é: uma eterna flor indestrutível.
    Nós somos mais do que vencedoras: somos felizes porque amamos e somos amadas.
    Sou grata a você de meu coração. Beijos.

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  2. Realmente, é um texto forte e interessante.
    Dá vontade de dizer: 'prove mais uma vez que tem coragem, continue a escrever (estou curiosa)'.
    Parabéns!
    Vou ler a próxima...

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